Tendo o foco narrativo em 1ªpessoa do singular, não
se pode evitar a contaminação dos fatos. Explico: é o próprio marido quem está
narrando tudo. Bentinho- filho único, mimado e doente de D.Glória-viúva,
bonita, rica,forte e determinada que prometeu que o mesmo seria padre se
escapasse das inúmeras doenças pelas quais foi acometido por toda a infância e
juventude. Num tipo de retrospectiva, Bentinho-Dom Casmurro- relembra os tempos
em que vivia com tio Cosme, tia Justina e o agregado José Dias.Os vizinhos, pais
de capitolina, sr.Pádua e dna Fortuna, de condições financeiras bem inferior à
da família de Bento, torcem pelo namoro da filha com o vizinho.Observe o
significado dos nomes Bento-seria padre; Capitólio-templo dos deuses/paganismo;
Justina-só dizia a verdade. Capitu se insinua desde pequena para o vizinho. A
mãe o coloca num seminário.O agregado José Dias, que se aproximou da família
quando ainda moravam numa fazenda, dizendo-se médico, acabou revelando, com o
tempo, que conhecia apenas algumas ervas, agora ajuda Bentinho a convencer a
mãe de que ela poderá pagar os estudos de um outro jovem-ele será padre e a
promessa estará cumprida. Não pense que José Dias faz isso desinteressadamente,
ele o faz porque tem a ilusão de ir à Europa com Bentinho.No seminário Bentinho
conhece Escobar, jovem bonito e esperto que também consegue sair do seminário e
vai ser comerciante.Bentinho o apresenta a Dna.Glória e Escobar fica
impressionado com sua beleza (dinheiro).Capitu apresenta Sancha, sua
amiga, a Escobar. Bentinho casa-se com Capitu , e Escobar com Sancha.Quando
nasce a filha destes (Sancha e Escobar, colocam o nome de Capitolina em
homenagem à futura madrinha. Quando nasce o filho de Capitu e Bentinho, contra
a vontade de Bentinho, convidam o casal para padrinhos para retribuir o
convite.A cada dia que passa , Ezequiel, o filho de Bentinho e Capitu e fica
mais parecido com Escobar. Aumenta o ciúme de Bentinho. D.Glória também parece
desconfiar da mesma coisa e já não visita mais a casa do filho.Bentinho leva filho
e esposa para a Europa. O garoto forma-se arqueólogo.|Capitu morre e
Bentinho apenas se relaciona com prostitutas e escreve suas memórias.
segunda-feira, 9 de abril de 2012
Os Lusíadas
RESUMO DE
OS LUSÍADAS-
Luís De Camões
Canto I- Concílio dos Deuses
O canto I é formado pela proposição onde o poeta anuncia o que vai cantar, fará uma Invocação às ninfas , chamadas Tágides, ninfas do Rio Tejo por inspiração na batalha e na dedicatória do poema ao Rei D.Sebastião e pelo Conselho dos Deuses no Olimpo. Neste Conselho, os Deuses resolveriam se auxiliavam os portugueses a descobrirem uma nova rota para a Índia ou não. Este conselho era chefiado por Júpiter/Zeus. (Deus do Olimpo)
A decisão foi favorável visto que o povo português mostrou-se merecedor anteriormente.
Vénus está do lado de Júpiter pois acredita que os portugueses possuem a força e a coragem do seu filho Eneias e também acha-os muito bonitos.
Por ser apaixonado por Vênus, Marte decide também a favor dos portugueses , apesar de ser o deus da guerra.
Baco ,por outro lado, tinha ciúme dos humanos e não queria competição nas Indías; pois ele era muito famoso no Oriente.
Canto II
Foi montada uma armadilha para a tripulação das caravelas pelo rei de Mombaça, que foi influenciado pelo ciumento Baco. Mas Vênus, sempre cuidando da viagem dos portugueses, ajudou-os mais uma vez e tudo terminou bem
O Triste Fim de Inês de Castro
A morte de Inês de Castro é um dos mais tristes episódios presentes no poema. Aproveitando-se da viagem do infante D.Pedro , D. Inês ,seu amor e amante,foi chamada ao castelo. D. Inês veio acompanhada de seus filhos com D. Pedro.
Mas o rei ,D. Afonso, pai de D. Pedro, para evitar qualquer ameaça ao seu império, deu ordem para que matassem D. Inês e seus filhos, para que não houvesse herdeiros.
D. Inês suplica ao rei e pede piedade pelos seus filhos. Alega que nem mesmo o mais feroz dos animais, o leão, seria capaz de matar a sua prole.
O rei hesita, mas o povo incentiva-o e seus guardas acabam matando Inês.
OS LUSÍADAS-
Luís De Camões
Canto I- Concílio dos Deuses
O canto I é formado pela proposição onde o poeta anuncia o que vai cantar, fará uma Invocação às ninfas , chamadas Tágides, ninfas do Rio Tejo por inspiração na batalha e na dedicatória do poema ao Rei D.Sebastião e pelo Conselho dos Deuses no Olimpo. Neste Conselho, os Deuses resolveriam se auxiliavam os portugueses a descobrirem uma nova rota para a Índia ou não. Este conselho era chefiado por Júpiter/Zeus. (Deus do Olimpo)
A decisão foi favorável visto que o povo português mostrou-se merecedor anteriormente.
Vénus está do lado de Júpiter pois acredita que os portugueses possuem a força e a coragem do seu filho Eneias e também acha-os muito bonitos.
Por ser apaixonado por Vênus, Marte decide também a favor dos portugueses , apesar de ser o deus da guerra.
Baco ,por outro lado, tinha ciúme dos humanos e não queria competição nas Indías; pois ele era muito famoso no Oriente.
Canto II
Foi montada uma armadilha para a tripulação das caravelas pelo rei de Mombaça, que foi influenciado pelo ciumento Baco. Mas Vênus, sempre cuidando da viagem dos portugueses, ajudou-os mais uma vez e tudo terminou bem
O Triste Fim de Inês de Castro
A morte de Inês de Castro é um dos mais tristes episódios presentes no poema. Aproveitando-se da viagem do infante D.Pedro , D. Inês ,seu amor e amante,foi chamada ao castelo. D. Inês veio acompanhada de seus filhos com D. Pedro.
Mas o rei ,D. Afonso, pai de D. Pedro, para evitar qualquer ameaça ao seu império, deu ordem para que matassem D. Inês e seus filhos, para que não houvesse herdeiros.
D. Inês suplica ao rei e pede piedade pelos seus filhos. Alega que nem mesmo o mais feroz dos animais, o leão, seria capaz de matar a sua prole.
O rei hesita, mas o povo incentiva-o e seus guardas acabam matando Inês.
A vítima diz que seu único mal foi ter amado demais a D. Pedro.Assim que o
príncpe retorna e soube do absurdo ocorrido, vingou-se de quase todos...um a um
que aconselharam seu pai a cometer tal ato...Chegando a cortar as costas do
assassino de Inês e retirar-lhe pelas espáduas, o coração.
Batalha de Aljubarrota
Neste trecho, o povo português vai para uma guerra contra os castelhanos/espanhóis. Estes estavam com um exército menor do que a o da Espanha. O Rei D. João I foi lutar e sobreviveu à batalha.
Nuno Álvares Pereira e de D. João, Mestre de Avis foram os heróis desta batalha, pois sendo nobres, lutaram como soldados, já os irmãos de Nuno lutaram contra Portugal e morreram como traidores da pátria.
Canto IV
Antes de partirem , Despedidas em Belém
Sendo Portugal um país muito católico, as naus foram abençoadas para que conseguissem êxito no mar pelas bênçãos de Deus.
Velho do Restelo
Ancoradas na praia do Restelo, as tripulações das naus aguardavam o embarque de tardios marinheiros e víveres para longa viagem. Quando um ancião, com sua respeitável cabeleira branca começa a gritar contra a expedição que carregava todo o futuro de Portugal, jovens ou velhos, maridos, filhos e netos...Em terra, os parentes choravam, pois todos temiam a viagem à India, tantas vezes realizada sem êxito anteriormente. Ele representa todos aqueles que se opunham à louca aventura da Índia e criticavam a cobiça.
Batalha de Aljubarrota
Neste trecho, o povo português vai para uma guerra contra os castelhanos/espanhóis. Estes estavam com um exército menor do que a o da Espanha. O Rei D. João I foi lutar e sobreviveu à batalha.
Nuno Álvares Pereira e de D. João, Mestre de Avis foram os heróis desta batalha, pois sendo nobres, lutaram como soldados, já os irmãos de Nuno lutaram contra Portugal e morreram como traidores da pátria.
Canto IV
Antes de partirem , Despedidas em Belém
Sendo Portugal um país muito católico, as naus foram abençoadas para que conseguissem êxito no mar pelas bênçãos de Deus.
Velho do Restelo
Ancoradas na praia do Restelo, as tripulações das naus aguardavam o embarque de tardios marinheiros e víveres para longa viagem. Quando um ancião, com sua respeitável cabeleira branca começa a gritar contra a expedição que carregava todo o futuro de Portugal, jovens ou velhos, maridos, filhos e netos...Em terra, os parentes choravam, pois todos temiam a viagem à India, tantas vezes realizada sem êxito anteriormente. Ele representa todos aqueles que se opunham à louca aventura da Índia e criticavam a cobiça.
RESUMO DE
OS LUSÍADAS- PARTE 1
Luís De Camões
Canto I- Concílio dos Deuses
O canto I é formado pela proposição onde o poeta anuncia o que vai cantar, fará uma Invocação às ninfas , chamadas Tágides, ninfas do Rio Tejo por inspiração na batalha e na dedicatória do poema ao Rei D.Sebastião e pelo Conselho dos Deuses no Olimpo. Neste Conselho, os Deuses resolveriam se auxiliavam os portugueses a descobrirem uma nova rota para a Índia ou não. Este conselho era chefiado por Júpiter/Zeus. (Deus do Olimpo)
A decisão foi favorável visto que o povo português mostrou-se merecedor anteriormente.
Vénus está do lado de Júpiter pois acredita que os portugueses possuem a força e a coragem do seu filho Eneias e também acha-os muito bonitos.
Por ser apaixonado por Vênus, Marte decide também a favor dos portugueses , apesar de ser o deus da guerra.
Baco ,por outro lado, tinha ciúme dos humanos e não queria competição nas Indías; pois ele era muito famoso no Oriente.
Canto II
Foi montada uma armadilha para a tripulação das caravelas pelo rei de Mombaça, que foi influenciado pelo ciumento Baco. Mas Vênus, sempre cuidando da viagem dos portugueses, ajudou-os mais uma vez e tudo terminou bem
O Triste Fim de Inês de Castro
A morte de Inês de Castro é um dos mais tristes episódios presentes no poema. Aproveitando-se da viagem do infante D.Pedro , D. Inês ,seu amor e amante,foi chamada ao castelo. D. Inês veio acompanhada de seus filhos com D. Pedro.
Mas o rei ,D. Afonso, pai de D. Pedro, para evitar qualquer ameaça ao seu império, deu ordem para que matassem D. Inês e seus filhos, para que não houvesse herdeiros.
D. Inês suplica ao rei e pede piedade pelos seus filhos. Alega que nem mesmo o mais feroz dos animais, o leão, seria capaz de matar a sua prole.
O rei hesita, mas o povo incentiva-o e seus guardas acabam matando Inês.
OS LUSÍADAS- PARTE 1
Luís De Camões
Canto I- Concílio dos Deuses
O canto I é formado pela proposição onde o poeta anuncia o que vai cantar, fará uma Invocação às ninfas , chamadas Tágides, ninfas do Rio Tejo por inspiração na batalha e na dedicatória do poema ao Rei D.Sebastião e pelo Conselho dos Deuses no Olimpo. Neste Conselho, os Deuses resolveriam se auxiliavam os portugueses a descobrirem uma nova rota para a Índia ou não. Este conselho era chefiado por Júpiter/Zeus. (Deus do Olimpo)
A decisão foi favorável visto que o povo português mostrou-se merecedor anteriormente.
Vénus está do lado de Júpiter pois acredita que os portugueses possuem a força e a coragem do seu filho Eneias e também acha-os muito bonitos.
Por ser apaixonado por Vênus, Marte decide também a favor dos portugueses , apesar de ser o deus da guerra.
Baco ,por outro lado, tinha ciúme dos humanos e não queria competição nas Indías; pois ele era muito famoso no Oriente.
Canto II
Foi montada uma armadilha para a tripulação das caravelas pelo rei de Mombaça, que foi influenciado pelo ciumento Baco. Mas Vênus, sempre cuidando da viagem dos portugueses, ajudou-os mais uma vez e tudo terminou bem
O Triste Fim de Inês de Castro
A morte de Inês de Castro é um dos mais tristes episódios presentes no poema. Aproveitando-se da viagem do infante D.Pedro , D. Inês ,seu amor e amante,foi chamada ao castelo. D. Inês veio acompanhada de seus filhos com D. Pedro.
Mas o rei ,D. Afonso, pai de D. Pedro, para evitar qualquer ameaça ao seu império, deu ordem para que matassem D. Inês e seus filhos, para que não houvesse herdeiros.
D. Inês suplica ao rei e pede piedade pelos seus filhos. Alega que nem mesmo o mais feroz dos animais, o leão, seria capaz de matar a sua prole.
O rei hesita, mas o povo incentiva-o e seus guardas acabam matando Inês.
A vítima diz que seu único mal foi ter amado demais a D. Pedro.Assim que o
príncpe retorna e soube do absurdo ocorrido, vingou-se de quase todos...um a um
que aconselharam seu pai a cometer tal ato...Chegando a cortar as costas do
assassino de Inês e retirar-lhe pelas espáduas, o coração.
Batalha de Aljubarrota
Neste trecho, o povo português vai para uma guerra contra os castelhanos/espanhóis. Estes estavam com um exército menor do que a o da Espanha. O Rei D. João I foi lutar e sobreviveu à batalha.
Nuno Álvares Pereira e de D. João, Mestre de Avis foram os heróis desta batalha, pois sendo nobres, lutaram como soldados, já os irmãos de Nuno lutaram contra Portugal e morreram como traidores da pátria.
Canto IV
Antes de partirem , Despedidas em Belém
Sendo Portugal um país muito católico, as naus foram abençoadas para que conseguissem êxito no mar pelas bênçãos de Deus.
Velho do Restelo
Ancoradas na praia do Restelo, as tripulações das naus aguardavam o embarque de tardios marinheiros e víveres para longa viagem. Quando um ancião, com sua respeitável cabeleira branca começa a gritar contra a expedição que carregava todo o futuro de Portugal, jovens ou velhos, maridos, filhos e netos...Em terra, os parentes choravam, pois todos temiam a viagem à India, tantas vezes realizada sem êxito anteriormente. Ele representa todos aqueles que se opunham à louca aventura da Índia e criticavam a cobiça.
Batalha de Aljubarrota
Neste trecho, o povo português vai para uma guerra contra os castelhanos/espanhóis. Estes estavam com um exército menor do que a o da Espanha. O Rei D. João I foi lutar e sobreviveu à batalha.
Nuno Álvares Pereira e de D. João, Mestre de Avis foram os heróis desta batalha, pois sendo nobres, lutaram como soldados, já os irmãos de Nuno lutaram contra Portugal e morreram como traidores da pátria.
Canto IV
Antes de partirem , Despedidas em Belém
Sendo Portugal um país muito católico, as naus foram abençoadas para que conseguissem êxito no mar pelas bênçãos de Deus.
Velho do Restelo
Ancoradas na praia do Restelo, as tripulações das naus aguardavam o embarque de tardios marinheiros e víveres para longa viagem. Quando um ancião, com sua respeitável cabeleira branca começa a gritar contra a expedição que carregava todo o futuro de Portugal, jovens ou velhos, maridos, filhos e netos...Em terra, os parentes choravam, pois todos temiam a viagem à India, tantas vezes realizada sem êxito anteriormente. Ele representa todos aqueles que se opunham à louca aventura da Índia e criticavam a cobiça.
RESUMO DE
OS LUSÍADAS
Luís De Camões
Canto I- Concílio dos Deuses
O canto I é formado pela proposição onde o poeta anuncia o que vai cantar, fará uma Invocação às ninfas , chamadas Tágides, ninfas do Rio Tejo por inspiração na batalha e na dedicatória do poema ao Rei D.Sebastião e pelo Conselho dos Deuses no Olimpo. Neste Conselho, os Deuses resolveriam se auxiliavam os portugueses a descobrirem uma nova rota para a Índia ou não. Este conselho era chefiado por Júpiter/Zeus. (Deus do Olimpo)
A decisão foi favorável visto que o povo português mostrou-se merecedor anteriormente.
Vénus está do lado de Júpiter pois acredita que os portugueses possuem a força e a coragem do seu filho Eneias e também acha-os muito bonitos.
Por ser apaixonado por Vênus, Marte decide também a favor dos portugueses , apesar de ser o deus da guerra.
Baco ,por outro lado, tinha ciúme dos humanos e não queria competição nas Indías; pois ele era muito famoso no Oriente.
Canto II
Foi montada uma armadilha para a tripulação das caravelas pelo rei de Mombaça, que foi influenciado pelo ciumento Baco. Mas Vênus, sempre cuidando da viagem dos portugueses, ajudou-os mais uma vez e tudo terminou bem
O Triste Fim de Inês de Castro
A morte de Inês de Castro é um dos mais tristes episódios presentes no poema. Aproveitando-se da viagem do infante D.Pedro , D. Inês ,seu amor e amante,foi chamada ao castelo. D. Inês veio acompanhada de seus filhos com D. Pedro.
Mas o rei ,D. Afonso, pai de D. Pedro, para evitar qualquer ameaça ao seu império, deu ordem para que matassem D. Inês e seus filhos, para que não houvesse herdeiros.
D. Inês suplica ao rei e pede piedade pelos seus filhos. Alega que nem mesmo o mais feroz dos animais, o leão, seria capaz de matar a sua prole.
O rei hesita, mas o povo incentiva-o e seus guardas acabam matando Inês.
Luís De Camões
Canto I- Concílio dos Deuses
O canto I é formado pela proposição onde o poeta anuncia o que vai cantar, fará uma Invocação às ninfas , chamadas Tágides, ninfas do Rio Tejo por inspiração na batalha e na dedicatória do poema ao Rei D.Sebastião e pelo Conselho dos Deuses no Olimpo. Neste Conselho, os Deuses resolveriam se auxiliavam os portugueses a descobrirem uma nova rota para a Índia ou não. Este conselho era chefiado por Júpiter/Zeus. (Deus do Olimpo)
A decisão foi favorável visto que o povo português mostrou-se merecedor anteriormente.
Vénus está do lado de Júpiter pois acredita que os portugueses possuem a força e a coragem do seu filho Eneias e também acha-os muito bonitos.
Por ser apaixonado por Vênus, Marte decide também a favor dos portugueses , apesar de ser o deus da guerra.
Baco ,por outro lado, tinha ciúme dos humanos e não queria competição nas Indías; pois ele era muito famoso no Oriente.
Canto II
Foi montada uma armadilha para a tripulação das caravelas pelo rei de Mombaça, que foi influenciado pelo ciumento Baco. Mas Vênus, sempre cuidando da viagem dos portugueses, ajudou-os mais uma vez e tudo terminou bem
O Triste Fim de Inês de Castro
A morte de Inês de Castro é um dos mais tristes episódios presentes no poema. Aproveitando-se da viagem do infante D.Pedro , D. Inês ,seu amor e amante,foi chamada ao castelo. D. Inês veio acompanhada de seus filhos com D. Pedro.
Mas o rei ,D. Afonso, pai de D. Pedro, para evitar qualquer ameaça ao seu império, deu ordem para que matassem D. Inês e seus filhos, para que não houvesse herdeiros.
D. Inês suplica ao rei e pede piedade pelos seus filhos. Alega que nem mesmo o mais feroz dos animais, o leão, seria capaz de matar a sua prole.
O rei hesita, mas o povo incentiva-o e seus guardas acabam matando Inês.
A vítima diz que seu único mal foi ter amado demais a D. Pedro.Assim que o
príncpe retorna e soube do absurdo ocorrido, vingou-se de quase todos...um a um
que aconselharam seu pai a cometer tal ato...Chegando a cortar as costas do
assassino de Inês e retirar-lhe pelas espáduas, o coração.
Batalha de Aljubarrota
Neste trecho, o povo português vai para uma guerra contra os castelhanos/espanhóis. Estes estavam com um exército menor do que a o da Espanha. O Rei D. João I foi lutar e sobreviveu à batalha.
Nuno Álvares Pereira e de D. João, Mestre de Avis foram os heróis desta batalha, pois sendo nobres, lutaram como soldados, já os irmãos de Nuno lutaram contra Portugal e morreram como traidores da pátria.
Canto IV
Antes de partirem , Despedidas em Belém
Sendo Portugal um país muito católico, as naus foram abençoadas para que conseguissem êxito no mar pelas bênçãos de Deus.
Velho do Restelo
Ancoradas na praia do Restelo, as tripulações das naus aguardavam o embarque de tardios marinheiros e víveres para longa viagem. Quando um ancião, com sua respeitável cabeleira branca começa a gritar contra a expedição que carregava todo o futuro de Portugal, jovens ou velhos, maridos, filhos e netos...Em terra, os parentes choravam, pois todos temiam a viagem à India, tantas vezes realizada sem êxito anteriormente. Ele representa todos aqueles que se opunham à louca aventura da Índia e criticavam a cobiça.
Batalha de Aljubarrota
Neste trecho, o povo português vai para uma guerra contra os castelhanos/espanhóis. Estes estavam com um exército menor do que a o da Espanha. O Rei D. João I foi lutar e sobreviveu à batalha.
Nuno Álvares Pereira e de D. João, Mestre de Avis foram os heróis desta batalha, pois sendo nobres, lutaram como soldados, já os irmãos de Nuno lutaram contra Portugal e morreram como traidores da pátria.
Canto IV
Antes de partirem , Despedidas em Belém
Sendo Portugal um país muito católico, as naus foram abençoadas para que conseguissem êxito no mar pelas bênçãos de Deus.
Velho do Restelo
Ancoradas na praia do Restelo, as tripulações das naus aguardavam o embarque de tardios marinheiros e víveres para longa viagem. Quando um ancião, com sua respeitável cabeleira branca começa a gritar contra a expedição que carregava todo o futuro de Portugal, jovens ou velhos, maridos, filhos e netos...Em terra, os parentes choravam, pois todos temiam a viagem à India, tantas vezes realizada sem êxito anteriormente. Ele representa todos aqueles que se opunham à louca aventura da Índia e criticavam a cobiça.
Canto: V
Vasco da Gama conta a viagem da armada que saiu de Lisboa até ali ao Rei de Melinde,. É uma narrativa de grande aventura marítima, onde os marinheiros observaram os diversos fenômenos marítimos que ocorrem durante a viagem incluindo a aparição de um monstro, o fogo de santelmo e redemoinhos.
Episódio: O Adamastor
Logo que se aproximavam do Cabo das Tormentas, surgia um monstro, gigantesco. Era o Adamastor , ele ameaçava os atrevidos que se aventurassem a cruzar suas águas, pois dizia-se dono daquele lugar e que muitos já haviam morrido na tentativa.
Vasco da Gama não se intimidou e exigiu que o gigante dissesse quem era. Chocado, o gigante explicou e contou a sua maldição. Fora transformado num Cabo, por Júpiter porque ele amava a deusa Thétis, que não o amava.
Canto VI
Vasco da Gama acaba com sua narrativa, a Armada sai de Melinde guiada por um piloto que deverá ensinar-lhe o caminho até Calecut.
Baco, percebeu que os portugueses estão chegando à Índia, pediu ajuda a Netuno, rei dos mares, que convocou um Conselho dos Deuses Marinhos que decidiram apoiar Baco que pediu ao deus dos Ventos, Eólo, que soltasse os ventos para fazer afundar a nau.
Episódio: Tempestade
Neste trecho o plano da realidade e da fantasia ou histórico e mitológico acontecem juntos.
A experiência de sua própria vida serviu a Camões que recheasse este trecho de fatos reais,como fenômenos da natureza:ventos,raios, trovões.passados pelos marinheiros.
Canto VII
Vasco da Gama chega à Ìndia (Calecute) e envia um marinheiro mouro para anunciá-los. Na volta, o mouro descreve o Catual que depois de receber os nobres portugueses vieram visitar a nau.Também o Samorim, acompanhou-os.
Invocando às ninfas do Tejo, o poeta critica os traidores da pátria e explica o significado das bandeiras lusitanas da nau.
Canto VIII
Neste canto, Baco adentra o sonho do sacerdote de uma tribo e incita-o a atacar a armada.Mas Vênus, também em sonho aconselha-o a partir rapidamente e Vasco da Gama assim o faz, mas sem as mercadorias que traziam. Inicia-se a viagem de volta a Portugal.
Segue-se o episódio da Ilha dos Amores; Vênus e Cupido preparam uma
recepção/banquete aos portugueses/marinheiros para compensar-lhes os
sofrimentos.Um banquete repleto de ninfas para servi-los.
Canto IX
Depois de tantos obstáculos, os Portugueses saem de Calecute, iniciando a viagem de volta à Pátria.
Vênus preparou uma recompensa para os marinheiros, fazendo-os chegar à Ilha dos Amores. Pediu a Cupido, seu filho, que lançasse setas sobre as ninfas, que feridas de Amor e por ordem de sua deusa ,ficariam apaixonadas pelos Portugueses.
A Armada chega à Ilha dos Amores, e quando os marinheiros aproximam-se da ilha para caçar, veem as Ninfas que se deixam perseguir e também seduzir. Thetis explica a Vasco da Gama o porquê daquele encontro, referindo-se às vitórias que ainda teriam. Depois de explicar o significado de tudo na Ilha, o poeta faz conjecturas sobre como alcançar-se a fama.
Canto X
Aqui as Ninfas oferecem um banquete aos portugueses. Após uma invocação do poeta a Calíope, uma ninfa faz profecias sobre as futuras vitórias dos portugueses no Oriente. Tétis conduz Vasco da Gama ao ponto mais alto de um monte para mostrar-lhe a Máquina do Mundo e futuros descobrimentos, fazendo referências inclusive a uma nova terra a ser descoberta abaixo da lnha do Equador, muito rica e exótica.(America do Sul)
Os portugueses voltam à pátria sãos e salvos.
Camões , ao fim de sua obra, pede ao rei D. Sebastião que continuasse a homenagear o povo português, pois ele, o poeta, cansou-se de exaltar quem não o compreendia ou dava-lhe valor.
Canto IX
Depois de tantos obstáculos, os Portugueses saem de Calecute, iniciando a viagem de volta à Pátria.
Vênus preparou uma recompensa para os marinheiros, fazendo-os chegar à Ilha dos Amores. Pediu a Cupido, seu filho, que lançasse setas sobre as ninfas, que feridas de Amor e por ordem de sua deusa ,ficariam apaixonadas pelos Portugueses.
A Armada chega à Ilha dos Amores, e quando os marinheiros aproximam-se da ilha para caçar, veem as Ninfas que se deixam perseguir e também seduzir. Thetis explica a Vasco da Gama o porquê daquele encontro, referindo-se às vitórias que ainda teriam. Depois de explicar o significado de tudo na Ilha, o poeta faz conjecturas sobre como alcançar-se a fama.
Canto X
Aqui as Ninfas oferecem um banquete aos portugueses. Após uma invocação do poeta a Calíope, uma ninfa faz profecias sobre as futuras vitórias dos portugueses no Oriente. Tétis conduz Vasco da Gama ao ponto mais alto de um monte para mostrar-lhe a Máquina do Mundo e futuros descobrimentos, fazendo referências inclusive a uma nova terra a ser descoberta abaixo da lnha do Equador, muito rica e exótica.(America do Sul)
Os portugueses voltam à pátria sãos e salvos.
Camões , ao fim de sua obra, pede ao rei D. Sebastião que continuasse a homenagear o povo português, pois ele, o poeta, cansou-se de exaltar quem não o compreendia ou dava-lhe valor.
quarta-feira, 7 de março de 2012
VIDAS SECAS GRACILIANO RAMOS
Vidas Secas, de Graciliano Ramos
Diferentes de tds as outras suas obras,
Graciliano Ramos narrou Vidas Secas em 3ª Pessoa. Vidas Secas fica entre o romance e o conto. O mais
importante desta obra não são os personagens e sim, o
discurso indireto livre do narrador.As frases são quase
monólogos em P.Simples sem adjetivação – quase um lamento, quase um grunhido
numa lgem primitiva de sobrevivência. Com13 capítulos quase independentes, mas recorrentes numa espiral
de temas e sofrimentos , como a aridez da seca, a zoomorfização e
antropomorfização das criaturas,
personagens com pensamentos
entrecortados pela ignorância ou pela dor .Retomam assuntos como seu Tomás da bolandeira – tido como homem bem
sucedido, a cama de varas de sinhá
Vitória, que ansiava por uma cama de tiras de couro, etc.
A ação do livro vai se interligando com a repetição de sofrimentos e humilhações.
A descrição das personagens que tbém são independentes, uma a uma sem vínculo entre elas...mais uma vez o isolamento do ser humano e sua solidão.
Vidas Secas é, como se analisássemos as personagens que são incapazes de falarem por si mesmas.Mesmo em núcleos diferentes, por exemplo, sociais – não há comunicação entre o coronel e Fabiano. Há apenas a submissão , o medo. O tema gritante desta obra é o desencontro dos seres. Com diálogos escassos, os sentimentos são traduzidos em palavrões, revolta, grunhidos. O homem parece ser mais seco do que a terra. O narrador utiliza o mesmo artifício , ele é direto, seco, primitivo em suas construções.Apesar de ser jornalista , competente e fluente na criação Graciliano deixou que as situações falassem por si e afastou-se da narrativa , a dura realidade falaria por ele...e pelo homem sofrido do nordeste.
A ação do livro vai se interligando com a repetição de sofrimentos e humilhações.
A descrição das personagens que tbém são independentes, uma a uma sem vínculo entre elas...mais uma vez o isolamento do ser humano e sua solidão.
Vidas Secas é, como se analisássemos as personagens que são incapazes de falarem por si mesmas.Mesmo em núcleos diferentes, por exemplo, sociais – não há comunicação entre o coronel e Fabiano. Há apenas a submissão , o medo. O tema gritante desta obra é o desencontro dos seres. Com diálogos escassos, os sentimentos são traduzidos em palavrões, revolta, grunhidos. O homem parece ser mais seco do que a terra. O narrador utiliza o mesmo artifício , ele é direto, seco, primitivo em suas construções.Apesar de ser jornalista , competente e fluente na criação Graciliano deixou que as situações falassem por si e afastou-se da narrativa , a dura realidade falaria por ele...e pelo homem sofrido do nordeste.
1 - Mudança
O que faz um retirante? Foge qdo não há mais condições de sobrevivênca. O livro começa com a família (6 viventes) caminhando pelo chão quente com o sol a pino e as crianças chorando. Fabiano, dona Vitória, dois filhos, chamados apenas de " menino mais novo" e "o menino mais velho" e a cachorra Baleia .Falta um vivente?É o pobre papagaio que foi comido para que pudessem seguir viagem.
O que faz um retirante? Foge qdo não há mais condições de sobrevivênca. O livro começa com a família (6 viventes) caminhando pelo chão quente com o sol a pino e as crianças chorando. Fabiano, dona Vitória, dois filhos, chamados apenas de " menino mais novo" e "o menino mais velho" e a cachorra Baleia .Falta um vivente?É o pobre papagaio que foi comido para que pudessem seguir viagem.
Aqui fala-se da terra
árida e do sofrimento de todos. Não há diálogo, só o caminhar e o arrastar de
pés empoeirados; somente duas vezes o pai, bravo com o menino mais velho,
xinga-o porque o menino senta no chão e não quer mais caminhar, a mãe pede ao
pai que o leve nas costas. A falta de diálogos estende-se por todo o livro, as
crianças não têm nome , para caracterizar a vida mesquinha e sem sentido em que
vivem os retirantes, mesmo com tds dificuldades , Fabiano e Sinhá Vitória sonham
com uma vida melhor: "Sinhá
Vitória, queimando o assento no chão, as mãos cruzadas segurando os joelhos
ossudos, pensava em acontecimentos antigos que não se relacionavam: festas de
casamento, vaquejadas, novenas, tudo numa confusão.
Fabiano também sonha: "Sinhá Vitória vestiria uma saia larga de ramagens. A cara murcha de sinhá Vitória remoçaria, as nádegas bambas de sinhá Vitória engrossariam, a roupa encarnada de sinhá Vitória provocaria a inveja das outras caboclas ... e ele, Fabiano, seria o vaqueiro, para bem dizer seria o dono daquele mundo... Os meninos se espojariam na terra fofa do chiqueiro das cabras. Chocalhos tilintariam pelos arredores. A caatinga ficaria verde.
2 - Fabiano
Homem-bicho, endurecido pela vida, mas ainda vive a se analisar .Demonstra uma consciência de que não sabe nem falar e mtas vezes diz a si mesmo que não passa de um bicho.
3 - Cadeia
O soldado amarelo aparece aqui simbolizando a força, a autoridade, o governo.É feita uma alusão de que a vidado retirante é didícil não só pela seca, mas tbém pelos problemas que tem que enfrentar pelo excesso de autoridade local. É a lei do mais forte. Fabiano foi preso por uma atitude banal/jogo num bar. Perde todo o dinheiro das compras e desiste de sonhar . Fabiano mais à frente sente-se um homem fracassado , sem esperanças até para seus filho
4 - Sinhá Vitória
Sinhá Vitória sonha com uma cama de couro. É o seu assunto recorrente desta personagem.
Bem articulada , com muito tempo para pensar, pois Fabiano trabalha o dia todo e à noite dorme . Ele não tem coragem de sonhar...fica preso à dura realidade.
Fabiano também sonha: "Sinhá Vitória vestiria uma saia larga de ramagens. A cara murcha de sinhá Vitória remoçaria, as nádegas bambas de sinhá Vitória engrossariam, a roupa encarnada de sinhá Vitória provocaria a inveja das outras caboclas ... e ele, Fabiano, seria o vaqueiro, para bem dizer seria o dono daquele mundo... Os meninos se espojariam na terra fofa do chiqueiro das cabras. Chocalhos tilintariam pelos arredores. A caatinga ficaria verde.
2 - Fabiano
Homem-bicho, endurecido pela vida, mas ainda vive a se analisar .Demonstra uma consciência de que não sabe nem falar e mtas vezes diz a si mesmo que não passa de um bicho.
3 - Cadeia
O soldado amarelo aparece aqui simbolizando a força, a autoridade, o governo.É feita uma alusão de que a vidado retirante é didícil não só pela seca, mas tbém pelos problemas que tem que enfrentar pelo excesso de autoridade local. É a lei do mais forte. Fabiano foi preso por uma atitude banal/jogo num bar. Perde todo o dinheiro das compras e desiste de sonhar . Fabiano mais à frente sente-se um homem fracassado , sem esperanças até para seus filho
4 - Sinhá Vitória
Sinhá Vitória sonha com uma cama de couro. É o seu assunto recorrente desta personagem.
Bem articulada , com muito tempo para pensar, pois Fabiano trabalha o dia todo e à noite dorme . Ele não tem coragem de sonhar...fica preso à dura realidade.
No capítulo Contas, ela é quem percebe que o Coronel está
enganando o marido.
5 - O Menino Mais Novo
O sonho do Menino mais novo é ser igual ao pai.. Neste capítulo: "Naquele momento Fabiano lhe causava grande admiração."E continua assim: "Evidentemente ele não era Fabiano. Mas se fosse? Precisava mostrar que podia ser Fabiano."
Depois: "E precisava crescer ficar tão grande como Fabiano, matar cabras à mão de pilão, trazer uma faca de ponta na cintura. Ia crescer espichar-se numa cama de varas, fumar cigarros de palha, calçar sapatos de couro cru."
Mais ao final do capítulo "Ao regressar, apear-se-ia num pulo e andaria no pátio assim, torto, de perneiras, gibão, guarda-peito e chapéu de couro com barbicocho. O menino mais velho e Baleia ficariam admirados."
6 - O Menino Mais Velho
"Tinha um vocabulário quase tão minguado coma o da papagaio que morrera no tempo da seca. Valia-se, pois, de exclamações e de gestos, e Baleia respondia com o rabo, com a língua, com movimentos fáceis de entender Todos o abandonavam, a cadelinha era o único vivente que lhe mostrava simpatia."
5 - O Menino Mais Novo
O sonho do Menino mais novo é ser igual ao pai.. Neste capítulo: "Naquele momento Fabiano lhe causava grande admiração."E continua assim: "Evidentemente ele não era Fabiano. Mas se fosse? Precisava mostrar que podia ser Fabiano."
Depois: "E precisava crescer ficar tão grande como Fabiano, matar cabras à mão de pilão, trazer uma faca de ponta na cintura. Ia crescer espichar-se numa cama de varas, fumar cigarros de palha, calçar sapatos de couro cru."
Mais ao final do capítulo "Ao regressar, apear-se-ia num pulo e andaria no pátio assim, torto, de perneiras, gibão, guarda-peito e chapéu de couro com barbicocho. O menino mais velho e Baleia ficariam admirados."
6 - O Menino Mais Velho
"Tinha um vocabulário quase tão minguado coma o da papagaio que morrera no tempo da seca. Valia-se, pois, de exclamações e de gestos, e Baleia respondia com o rabo, com a língua, com movimentos fáceis de entender Todos o abandonavam, a cadelinha era o único vivente que lhe mostrava simpatia."
Qto
mais o tpo passa , mais os desejos e aspirações dos personagens vão diminuindo.Vão se
conformando com a vida dura. O menino mais velho só queria ter um amigo.
Mas Baleia era sua cúmplice. "O menino continuava a abraçá-la. E
Baleia encolhia-separa não magoá-lo, sofria a carícia excessiva."
7 - Inverno
Numa noite de chuva intensa, com a casa quase caindo ,no fundo eles sabiam que não adiantaria nada, a seca voltaria a assombrá-los e perseguí-los .
8 - Festa
A família está se preparando para ir à quermesse na cidade, é dia de Natal. Neste capítulo os personagens sentem-se humilhados ao verem as pessoas da cidade . Sentem-se ridículos todos com roupas feitas do mesmo tecido, Sinha Vitória que não sabe usar sapatos e anda como um papagaio , com os pés cheios de bolha. Então Sinhá Vitória volta a sonhar: "Sinhá Vitória enxergava, através das barracas, a cama de seu Tomás da bolandeira. unia cama de verdade."
Mas Fabiano, já não sonha mais: "Fabiano roncava de papo para cima... Sonhava agoniado... Fabiano se agitava. soprando. Muitos soldados amarelos tinham aparecido, pisavam-lhe os pés com enormes retinas e ameaçavam-no com facões terríveis."
9 - Baleia
É o capítulo mais chocante e triste já que o animal sofreu a antropomorfização e já é como se fosse um membro da família. Estava doente. O pelo caíra , magérrima, em pele e ossos, o corpo coberto de feridas. Fabiano decidiu matá-la para aliviar os sofrimentos dela. Os filhos sofrendo com a situação, magoados e feridos por perderem um “irmão”: "Ela era como uma pessoa da família: brincavam juntos os três, para bem dizer não se diferenciavam..." Escondem-se dentro de casa com a mãe e tampam os ouvidos.
Baleia se esquiva, enqto Fabiano a persegue com a arma em riste,às vezes ela olha para Fabiano como se pedisse misericórdia, a família chorando e rezando por ela, Baleia espera a morte sonhando com outro tipo de vida: "Baleia queria dormir Acordaria feliz, num mundo cheio de preás. E lamberia as mãos de Fabiano. um Fabiano enorme. As crianças se esposariam com ela, rolariam com ela num pátio enorme, num chiqueiro enorme. O mundo ficaria todo cheio de preás gordos, enormes."
Dentre os seis componentes da família, Baleia e Sinhá Vitória são as únicas que conseguem sonhar nos momentos mais difíceis.
10 - Contas
É outro capítulo melancólico. Se em Cadeia Fabiano conscientiza-se de que há no mundo homens que, por possuírem uma posição social diferente da dele, podem machucá-lo, se em Festa os familiares percebem sua situação inferior e desajeitada e sentem-se ridículos, agora chegam à conclusão de que pessoas com dinheiro também podem aproveitar-se deles. São duas as reações de Fabiano ao notar-se roubado pelo patrão: primeiro revolta, depois descrença e resignação. Vale a pena ressaltar nesse capítulo que é sinhá Vitória quem percebe que as contas do patrão estão erradas. Ela é caracterizada como a mais sagaz e perspicaz dos seis viventes da família.
11 - O Soldado Amarelo
Apesar do Soldado Amarelo ser bem mais fraco do que Fabiano, é também uma pessoa corrupta e Fabiano é honesto. Mas o ingênuo e simples Fabiano morre de medo do Soldado pois ele representa a autoridade , o governo. O Soldado Amarelo, ficando as duas personagens, lado a lado, sem mais ninguém por perto e Fabiano, podendo revidar a injustiça anteriormente sofrida, resolve deixá-lo em paz. Fabiano percebe na organização do Estado a organização que o humilha; o representante dessa entidade, às vezes, e até frágil, mas a estrutura condiciona o sertanejo ao medo de reagir.
12 - O Mundo Coberto de Penas
A seca ameaça voltar, Fabiano faz uma retomada de todas as desgraças que têm acontecido em sua vida. Já não sonha há mto tpo. Vai fugir de novo, da seca, dos problemas, do remorso por ter matado Baleia.
13 - Fuga
Fabiano continua analisando a sua vida. O casal junto, pela primeira vez, consegue pensar sobre o mesmo assunto ao mesmo tpo.Sinhá Vitória é mais otimista e tenta passar pouco de paz e esperança, mas dura pouco. E assim num misto de sonhos, desilusões e sofrimentos Graciliano Ramos encerra com uma visão amarga da vida dos retirantes
Conclusões
Vidas Secas começa por uma mudança e acaba com outra. Isto é cíclico .Parece que Fabiano e sua família fogem da seca: "Entrava dia e saía dia. As noites cobriam a terra de chofre. A tampa anilada baixava, escurecia, quebrada apenas pelas vermelhidões do poente. Miudinhos, perdidos no deserto queimado, os fugitivos agarraram-se, somaram-se as suas desgraças e os seus pavores."
No último capítulo, Fuga, descreve uma cena parecida com a mudança: "A vida na fazenda se tornara difícil. Sinhá Vitória benzia-se tremendo, manejava o rosário, mexia os beiços franzidos rezando rezas desesperadas. Encolhido no banto do copiar Fabiano espiava a caatinga amarela, onde as folhas secas se pulverizavam, torturadas pelos redemoinhos, e os garranchos se torciam, negros, torrados. No céu azul as últimas arribações tinham desaparecido. Pouco a pouco os bichos se finavam, devorados pelo carrapato. E Fabiano resistia, pedindo a Deus um milagre. Mas quando a fazenda se despovoou. viu que tudo estava perdido, combinou a viagem com a mulher; matou o bezerro morrinhento que possuíam, salgou a carne, largou-se com a família, sem se despedir do amo. Não poderia nunca liquidar aquela dívida exagerada. Só lhe restava jogar-se ao inundo, como negro fugido.
O romance foi criado por duas situações idênticas, de tal modo que o início, encontra o fim e já não se sabe onde td começa ou acaba,, fecha a ação num círculo interminável.
7 - Inverno
Numa noite de chuva intensa, com a casa quase caindo ,no fundo eles sabiam que não adiantaria nada, a seca voltaria a assombrá-los e perseguí-los .
8 - Festa
A família está se preparando para ir à quermesse na cidade, é dia de Natal. Neste capítulo os personagens sentem-se humilhados ao verem as pessoas da cidade . Sentem-se ridículos todos com roupas feitas do mesmo tecido, Sinha Vitória que não sabe usar sapatos e anda como um papagaio , com os pés cheios de bolha. Então Sinhá Vitória volta a sonhar: "Sinhá Vitória enxergava, através das barracas, a cama de seu Tomás da bolandeira. unia cama de verdade."
Mas Fabiano, já não sonha mais: "Fabiano roncava de papo para cima... Sonhava agoniado... Fabiano se agitava. soprando. Muitos soldados amarelos tinham aparecido, pisavam-lhe os pés com enormes retinas e ameaçavam-no com facões terríveis."
9 - Baleia
É o capítulo mais chocante e triste já que o animal sofreu a antropomorfização e já é como se fosse um membro da família. Estava doente. O pelo caíra , magérrima, em pele e ossos, o corpo coberto de feridas. Fabiano decidiu matá-la para aliviar os sofrimentos dela. Os filhos sofrendo com a situação, magoados e feridos por perderem um “irmão”: "Ela era como uma pessoa da família: brincavam juntos os três, para bem dizer não se diferenciavam..." Escondem-se dentro de casa com a mãe e tampam os ouvidos.
Baleia se esquiva, enqto Fabiano a persegue com a arma em riste,às vezes ela olha para Fabiano como se pedisse misericórdia, a família chorando e rezando por ela, Baleia espera a morte sonhando com outro tipo de vida: "Baleia queria dormir Acordaria feliz, num mundo cheio de preás. E lamberia as mãos de Fabiano. um Fabiano enorme. As crianças se esposariam com ela, rolariam com ela num pátio enorme, num chiqueiro enorme. O mundo ficaria todo cheio de preás gordos, enormes."
Dentre os seis componentes da família, Baleia e Sinhá Vitória são as únicas que conseguem sonhar nos momentos mais difíceis.
10 - Contas
É outro capítulo melancólico. Se em Cadeia Fabiano conscientiza-se de que há no mundo homens que, por possuírem uma posição social diferente da dele, podem machucá-lo, se em Festa os familiares percebem sua situação inferior e desajeitada e sentem-se ridículos, agora chegam à conclusão de que pessoas com dinheiro também podem aproveitar-se deles. São duas as reações de Fabiano ao notar-se roubado pelo patrão: primeiro revolta, depois descrença e resignação. Vale a pena ressaltar nesse capítulo que é sinhá Vitória quem percebe que as contas do patrão estão erradas. Ela é caracterizada como a mais sagaz e perspicaz dos seis viventes da família.
11 - O Soldado Amarelo
Apesar do Soldado Amarelo ser bem mais fraco do que Fabiano, é também uma pessoa corrupta e Fabiano é honesto. Mas o ingênuo e simples Fabiano morre de medo do Soldado pois ele representa a autoridade , o governo. O Soldado Amarelo, ficando as duas personagens, lado a lado, sem mais ninguém por perto e Fabiano, podendo revidar a injustiça anteriormente sofrida, resolve deixá-lo em paz. Fabiano percebe na organização do Estado a organização que o humilha; o representante dessa entidade, às vezes, e até frágil, mas a estrutura condiciona o sertanejo ao medo de reagir.
12 - O Mundo Coberto de Penas
A seca ameaça voltar, Fabiano faz uma retomada de todas as desgraças que têm acontecido em sua vida. Já não sonha há mto tpo. Vai fugir de novo, da seca, dos problemas, do remorso por ter matado Baleia.
13 - Fuga
Fabiano continua analisando a sua vida. O casal junto, pela primeira vez, consegue pensar sobre o mesmo assunto ao mesmo tpo.Sinhá Vitória é mais otimista e tenta passar pouco de paz e esperança, mas dura pouco. E assim num misto de sonhos, desilusões e sofrimentos Graciliano Ramos encerra com uma visão amarga da vida dos retirantes
Conclusões
Vidas Secas começa por uma mudança e acaba com outra. Isto é cíclico .Parece que Fabiano e sua família fogem da seca: "Entrava dia e saía dia. As noites cobriam a terra de chofre. A tampa anilada baixava, escurecia, quebrada apenas pelas vermelhidões do poente. Miudinhos, perdidos no deserto queimado, os fugitivos agarraram-se, somaram-se as suas desgraças e os seus pavores."
No último capítulo, Fuga, descreve uma cena parecida com a mudança: "A vida na fazenda se tornara difícil. Sinhá Vitória benzia-se tremendo, manejava o rosário, mexia os beiços franzidos rezando rezas desesperadas. Encolhido no banto do copiar Fabiano espiava a caatinga amarela, onde as folhas secas se pulverizavam, torturadas pelos redemoinhos, e os garranchos se torciam, negros, torrados. No céu azul as últimas arribações tinham desaparecido. Pouco a pouco os bichos se finavam, devorados pelo carrapato. E Fabiano resistia, pedindo a Deus um milagre. Mas quando a fazenda se despovoou. viu que tudo estava perdido, combinou a viagem com a mulher; matou o bezerro morrinhento que possuíam, salgou a carne, largou-se com a família, sem se despedir do amo. Não poderia nunca liquidar aquela dívida exagerada. Só lhe restava jogar-se ao inundo, como negro fugido.
O romance foi criado por duas situações idênticas, de tal modo que o início, encontra o fim e já não se sabe onde td começa ou acaba,, fecha a ação num círculo interminável.
Em função da seca e das
águas, o sertanejo sobrevive, do berço à sepultura, infinitamente.
O motivo dessa fuga não é apenas a seca.? No romance há dois mundos: o mundo de Fabiano e o mundo da sociedade. O primeiro, composto por Fabiano, sinhá Vitória, o menino mais velho, o menino mais novo, Baleia e o papagaio. O segundo, seu Tomás da bolandeira, o patrão de Fabiano e o soldado amarelo. Todos os personagens do primeiro grupo e do segundo têm de viver na mesma região, vítimas da mesma seca. Por que o Coronel , que é rico, não foge dessa vida? Porque ele tem as terras e o dinheiro, porque ele emprega os trabalhadores e faz suas próprias leis, usando-os como escravos sem dignidade. .
Caracterizado como dono e opressor, o patrão não tem necessidade de fugir da seca. Seu Tomás é culto e tbém está distante da realidade dos retirantes.
O motivo dessa fuga não é apenas a seca.? No romance há dois mundos: o mundo de Fabiano e o mundo da sociedade. O primeiro, composto por Fabiano, sinhá Vitória, o menino mais velho, o menino mais novo, Baleia e o papagaio. O segundo, seu Tomás da bolandeira, o patrão de Fabiano e o soldado amarelo. Todos os personagens do primeiro grupo e do segundo têm de viver na mesma região, vítimas da mesma seca. Por que o Coronel , que é rico, não foge dessa vida? Porque ele tem as terras e o dinheiro, porque ele emprega os trabalhadores e faz suas próprias leis, usando-os como escravos sem dignidade. .
Caracterizado como dono e opressor, o patrão não tem necessidade de fugir da seca. Seu Tomás é culto e tbém está distante da realidade dos retirantes.
Entre os dois mundos que acabamos de descrever “não há um sistema de trocas,
senão um mecanismo de opressão e bloqueio”. O que parece ser importante para
Graciliano Ramos é denunciar a desigualdade entre os homens, a opressão social,
a injustiça. São esses os temas de Vidas Secas, por isso foi dito no
início desta análise que o livro não deve ser considerado apenas regionalista.
Em momento algum o esmagamento de Fabiano e de sua família é explicado apenas
pela seca ou por qualquer fator geográfico.
á foi feita uma referência anteriormente sobre a consciência de Fabiano quanto à sua condição animalizada na sociedade a que pertence. Affonso Romano de Sant’Ana faz uma aproximação de Fabiano à Baleia, e de sinhá Vitória ao papagaio. Segundo ele, o pensamento de Fabiano, no capítulo que recebe seu nome, passa por três etapas:
"Primeiramente, ele se considera positivamente dizendo: —Fabiano, você é um homem’. Depois se estuda com menos otimismo, e considerando mais realisticamente sua situação se corrige ‘— Você é um bicho, Fabiano - Ou seja: um individuo que não sendo exatamente um homem, pelo menos sabia se. safar dos problemas. No entanto. poucas frases adiante, nova alteração se dá em suas considerações. E de homem que se aceitara apenas como um bicho esperto, ele se coloca como um animal: “o corpo do vaqueiro derreava-se, as pernas faziam dois arcos, os braços moviam-se desengonçados. Parecia um macaco. Entristeceu.
Decaindo do ponto mais elevado da escala, passando a indivíduo apenas esperto e depois a um semelhante do animal, Fabiano termina por se aproximar de Baleia, a quem, em contraposição, em seu diálogo-a-um ele considera: “— Você é bicho, Baleia ‘, Nesta frase estaria integrado o sentido duplo do termo “bicho ‘. aplicado a Baleia: animal / esperteza, positivo / negativo. Uma análise mais interessada nestes levantamentos poderia perfilar dentro do livro todos os processos sistemáticos de zoomorfização dos animais, destacando principalmente os verbos e adjetivos conferidos a um e outro elemento numa mesma simbiose metafórica.
A identificação entre sinhá Vitória e o papagaio acentua-se sobretudo no capítulo Sinhá Vitória, quando ela tenta perceber o sentido da comparação que seu marido fizera do seu modo de caminhar com o do papagaio: "Ressentido, Fabiano condenara os sapatos de verniz que ela usara nas festas, caros e inúteis. Calçada naquilo, trôpega, mexia-se como papagaio, era ridícula."
A imagem dos pés de Vitória vai se mixegenando à imagem do papagaio, até que estilisticamente a superposição se destaca em frases como essas: Olhou os pés novamente. Pobre do louro. Aí o adjetivo pobre já não se refere exclusivamente ao papagaio que foi morto para saciar a fome da família, mas a própria Sinhá Vitória é descrita como tão “infeliz” como aquele “pobre louro “.
á foi feita uma referência anteriormente sobre a consciência de Fabiano quanto à sua condição animalizada na sociedade a que pertence. Affonso Romano de Sant’Ana faz uma aproximação de Fabiano à Baleia, e de sinhá Vitória ao papagaio. Segundo ele, o pensamento de Fabiano, no capítulo que recebe seu nome, passa por três etapas:
"Primeiramente, ele se considera positivamente dizendo: —Fabiano, você é um homem’. Depois se estuda com menos otimismo, e considerando mais realisticamente sua situação se corrige ‘— Você é um bicho, Fabiano - Ou seja: um individuo que não sendo exatamente um homem, pelo menos sabia se. safar dos problemas. No entanto. poucas frases adiante, nova alteração se dá em suas considerações. E de homem que se aceitara apenas como um bicho esperto, ele se coloca como um animal: “o corpo do vaqueiro derreava-se, as pernas faziam dois arcos, os braços moviam-se desengonçados. Parecia um macaco. Entristeceu.
Decaindo do ponto mais elevado da escala, passando a indivíduo apenas esperto e depois a um semelhante do animal, Fabiano termina por se aproximar de Baleia, a quem, em contraposição, em seu diálogo-a-um ele considera: “— Você é bicho, Baleia ‘, Nesta frase estaria integrado o sentido duplo do termo “bicho ‘. aplicado a Baleia: animal / esperteza, positivo / negativo. Uma análise mais interessada nestes levantamentos poderia perfilar dentro do livro todos os processos sistemáticos de zoomorfização dos animais, destacando principalmente os verbos e adjetivos conferidos a um e outro elemento numa mesma simbiose metafórica.
A identificação entre sinhá Vitória e o papagaio acentua-se sobretudo no capítulo Sinhá Vitória, quando ela tenta perceber o sentido da comparação que seu marido fizera do seu modo de caminhar com o do papagaio: "Ressentido, Fabiano condenara os sapatos de verniz que ela usara nas festas, caros e inúteis. Calçada naquilo, trôpega, mexia-se como papagaio, era ridícula."
A imagem dos pés de Vitória vai se mixegenando à imagem do papagaio, até que estilisticamente a superposição se destaca em frases como essas: Olhou os pés novamente. Pobre do louro. Aí o adjetivo pobre já não se refere exclusivamente ao papagaio que foi morto para saciar a fome da família, mas a própria Sinhá Vitória é descrita como tão “infeliz” como aquele “pobre louro “.
Já no capítulo, GR usa o recurso de espiral e
retoma a imagem da ave,desta vez , refere-se à galinha, especialmente a
“galinha pedrês", que foi devorada pela raposa.
TIL DE JOSÉ DE ALENCAR
Berta, Inhá ou
Til é a
protagonista do livro, filha bastarda/não reconhecida do fazendeiro Luis Galvão com uma Besita,
moça pobre que foi morta por vingança foi criada por nhá Tudinha
Berta é
uma adolescente muito bonita, delicada, espontânea , é querida por tds
, é bondosa e não se repele nem mesmo as pessoas mais
desprezadas do local (como Jão Fera, o louco Brás, e Zana).
Miguel é que a chama de INHÁ, e Brás
a chama de TIL nome que ela mesma se deu TIL, durante uma aula
juntos, já antecipando ao leitor que escolha fará ao longo do romance romance.
Miguel é irmão adotivo de
Berta, , o rapaz que mostra –se desde o
início apaixonado por Inhá , ele é filho de nhá Tudinha. Ela não percebe
que o ama e faz de tudo para aproximá-lo da sua
amiga Linda, que está interessada em
Miguel. Mas Miguel era pobre e não poderia casar-se com Linda, mas por
ela acaba estudando bastante e pretende ascender
socialmente para poder ficar com a Linda (o carinho que “descobre”
sentir por Linda foi pintado por Berta que colocou seu encanto na faces serenas da
amiga).
Luis Galvão ,dono da Fazenda Palmas, alegre
e jovem era um homem de muitas aventuras amorosas e enrascadas em sua
adolescência –e numa dessas escorregadelas “desonrou” Besita recém- casada com Ribeiro que depois aparece mais à frente como
Barroso .Besita ficou grávida de Berta –e
Luis Galvão era sempre protegido por Jão Fera (“espécie de capanga”) .
Linda é filha de
Luis Galvão e D. Ermelinda, menina com educação sofisticada, mas que
através do irmão Afonso fez amizade com os simples Berta e Miguel.
Afonso, é irmão de Linda, tem o
mesmo jeito alegre e conquistador do pai Luis, e se apaixona por Berta (não
sabem que são irmãos ).
Jão Fera ou Bugre – homem maligno,
de feições ameaçadoras e fama de matador porque a vida o fez assim
com mtas desilusões e
sofrimentos. Era apaixonado por Besita, mas
a tinha como “santa” e desejava-lhe só a
felicidade porque sabia que ela não a faria feliz e não seria
correspondido.
Quando
Luis Galvao recusou -se a casar com ela, ele desfez a “amizade” que os unia, porque
sempre protegera Besita de tudo, mas ela foi assassinada e então ele começou a cuidar de Berta , prometendo vingança a sua
amada.(falecida)
Brás
era sobrinho de Luis Galvão,
tinha ataques epiléticos ,
sendo tbém retardado mental. Na Casa Grande
era desprezado. Ele se
apaixonou por Berta que o tratava bem e o ensinava o abecedário e
rezas. Numa das lições ele se encantara pelo acento til e so’
conseguia memorizá-lo, assim Berta teve
uma idéia, chamar-se-ia Til e a partir dali ensinou-lhe as letras
fazendo associações às coisas ou pessoas que o pobre(idiota)conhecia.
Zana
– escrava que trabalhava para Besita e sabia toda a historia de Berta e do assassinato
de sua mãe e devido a isso enlouquecera e todos os dias repetia as mesmas
coisas que fizera no dia da morte de Besita (reproduzindo os fatos
daquele fatídico dia).
Barroso
ou Ribeiro – apesar de casar-se com Besita,
ela a abandonou na noite da lua
de mel resolver negócios relacionados a
uma herança que recebera em Itu.
Partiu para a Europa e
ficou anos afastado e quando voltou ,viu
sua esposa com um bebê, planejou sua vingança (que era o
assassinato de Luis, Berta e sua filha),
matou a esposa, mas foi impedido de matar o bebê por Jão Fera.
D. Ermelinda era esposa de Luis Galvão,
elegante e educada demais, mas não era bonita Quando soube do passado do seu marido decepcionou-se,
mas ele confessa (no fim do romance) e assim ela o incentiva a reconhecer Berta como filha.(no testamento, inclusive)
É mais um dos Romances Regionalistas de Jose de Alencar da
sua época (Romantismo)
Fala
sobre a vida do Caipira do interior de
São Paulo , no séc. XIX, usa em sua prosa romântica vocabulários e
costumes da região, as diferenças sociais
da época (escravos, capangas, pobres e ricos donos de terras).
O Romance se passa em Campinas, no interior de SP, onde há uma
discriminação maior entre aspectos sociais, com a marginalização de personagens pobres como Miguel (que para
casar-se com Linda teve de ir estudar na capital).
ILUSTRA
COMO ERAM OS RELACIONAMENTOS DA ÉPOCA, COMO SE FAZIA A CORTE A UMA MOÇA, e festas juninas como a
de São João.
Foca com detalhes o ambiente dos escravos e
senzala , os conflitos , a rivalidade entre duas
negras, além da marginalização consciente dos escravos como
Faustino e Monjolo, que planejaram a morte de Galvão.
O clima do Romance é o mesmo de tds os outros deste
séc: do Folhetim com capítulos curtos e terminam num momento de clímax.
A temática do
suspense e do soturno(tristonho) são marcas registrados da obra,
que é plena de aventuras, momentos de tensão.Ex:Berta corre perigo
fugindo de porcos selvagens furiosos.
Berta
é sempre comparada a Flor,durante o livro td, no primeiro capítulo aparece uma imagem de flor bela, mas
imatura; já no fim do livro (no poente do sol) a imagem da flor retorna passando uma idéia de “Flor
Interior” caridosa e dedicada. O autor criou uma imagem nítida de
desabrochar/amadurecer, nos excertos abaixo:
[ Manhã: "Eram dois, ele e
ela, ambos na flor da beleza e mocidade" e no Poente: "Era a
flor da caridade, alma soror" ]
Berta continua morando
com nhá Tudinha.Desiste de si
para que todos vivam felizes em paz, colabora para que Miguel e Linda fiquem juntos, e aceita a
viver apenas para cuidar dos que menos
afortunados como Zana, Brás, Jão Fera (a quem ela considera como
o seu verdadeiro Pai), a galinha sem pernas.
[“Como as flores que nascem
nos despenhadeiros e algares, onde não penetram os esplendores
da natureza, a alma de Berta fora criada para perfumar os abismos da miséria,
que se cavam nas almas, subvertidas pela desgraça.”]
domingo, 4 de março de 2012
O Sentimento do Mundo - Carlos Drummond de Andrade
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Tenho
apenas duas mãos
e o sentimento do mundo,
mas estou cheio escravos,
minhas lembranças escorrem
e o corpo transige
na confluência do amor.
Quando me levantar, o céu
estará morto e saqueado,
eu mesmo estarei morto,
morto meu desejo, morto
o pântano sem acordes.
Os camaradas não disseram
que havia uma guerra
e era necessário
trazer fogo e alimento.
Sinto-me disperso,
anterior a fronteiras,
humildemente vos peço
que me perdoeis.
Quando os corpos passarem,
eu ficarei sozinho
desfiando a recordação
do sineiro, da viúva e do microcopista
que habitavam a barraca
e não foram encontrados
ao amanhecer
esse amanhecer
mais noite que a noite.
e o sentimento do mundo,
mas estou cheio escravos,
minhas lembranças escorrem
e o corpo transige
na confluência do amor.
Quando me levantar, o céu
estará morto e saqueado,
eu mesmo estarei morto,
morto meu desejo, morto
o pântano sem acordes.
Os camaradas não disseram
que havia uma guerra
e era necessário
trazer fogo e alimento.
Sinto-me disperso,
anterior a fronteiras,
humildemente vos peço
que me perdoeis.
Quando os corpos passarem,
eu ficarei sozinho
desfiando a recordação
do sineiro, da viúva e do microcopista
que habitavam a barraca
e não foram encontrados
ao amanhecer
esse amanhecer
mais noite que a noite.
Os
poemas encontrados em o Sentimento do
mundo foram escritos entre 1935 e 1940.
Totalizando 28 poemas.
O poema: Sentimento
do mundo é o primeiro poema
demonstrar a paisagem do mundo sob pto de vista do poeta .Uma poesia decorada
com a frieza da realidade que nos paralisa. Embora seja da índole do ser humano
sonhar , a realidade inesperadamente quase sempre nos arrebata e desanima.
A primeira estrofe começa com uma
descrição de sua capacidade para compreender o mundo: "Tenho apenas
duas mãos"; mas enumera, em seguida, alguns outros sentidos que
poderão ajudá-lo a superar suas deficiências de visão: escravos,
lembranças e o mistério do amor (versos 3 a 5); os escravos podem ser
considerados como desculpas das quais nos utilizamos para seguir
vivendo e entendendo-a melhor para que
possamos usufruí-la. Já na estrofe 2 com a morte do céu,o pessimismo se instala
definitivamente. Ainda que pudesse contar com a ajuda de companheiros ("Camaradas"),
o poeta não consegue interpretar e traduzr os códigos existenciais e desculpa-se por isso.
Drummond, ao chegar no fim do poema retrata um pessimismo profundo nas duas
últimas estrofes, ainda que chocante
realidade de corpos, lembranças,
diferentes pessoas que desapareceram nas batalhas da vida chegando a usar a
palara guerra na terceira estrofe.
Já no desfecho, o poeta chega à conclusão de que o futuro/amanhecer será sombrio, desesperançoso. Com apenas dois versos , o poeta habilidoso
consegue resumir o sentimento do mundo. Todos os outros 27 poemas são derivações, análises de sua
visão inicial pessimista da vida.
No poema Confidência
do Itabirano o autor torna-se
saudosista relembrando sua cidade natal contendo apenas quatro estrofes, o poeta foi de um esmero sem
igual. Revela que aprendeu a sofrer em Itabira; todavia, "A vontade de
amor (...) vem de Itabira"; vale dizer que o amor é um lado da moeda
enquanto que do outro há o sofrimento. O motivo pelo qual Drummond anda sempre
de "cabeça baixa" é a saudade de Itabira. Mesmo com todo o
negativismo, o poeta ainda assim sente uma saudade imensa Itabiral
No
poema O operário do mar ,O autor
abandona a lgem poética e passa a utilizar uma linguagem realista.Criando uma
crônica surrealista nos anos trinta, quarenta . Deixando-nos a certeza de duas
constatações a de que o sentimento socialista de Drummond que seria exteriorizado cinco anos após em o Sentimento
do mundo, na publicação de a Rosa do
povo, em 1945; e o da visão-de-mundo dos sonhos e sentidos (simbolista/modernista) e extremamente poética
de um operário que como São Pedro, anda sobre águas por graça de Deus, mas os
burgueses não aceitam que eles mesmos não podem realizar tal ato. Drummond faz
de novo, a dicotomia se por um lado os humildes podem ter acesso à magia divina, os prepotentes , por outro lado
só podem sentir a inveja. Esta crônica
poética permite que se compare a
"apreensão do mistério da palavra" nos poemas explícitos de Drummond
diante desta prosa poética; por exemplo: "minhas lembranças escorrem"
(Sentimento do mundo, estrofe 1, verso 4) e "feixes escorrem" (das
mãos do operário, em O operário no mar, linha 26)- sempre comparando o
denotativo e o conotativo. As lembranças são incontroláveis e escorregadias é bem mais tocante do que
peixes escorrerem imaginariamente das mãos do operário.
No
poema: Privilégio do mar Drummond
detem-se no problema social das
diferenças humanas.
No
poema: Inocentes do Leblon O poeta
procura enfocar a visão social, Drummond toca no assunto da riqueza:
"inocentes" significa os que querem ignorar; por isto fingem e se
aproveitam.
No
poema: La possession du monde , o poeta fala
sobre o membro da Academia Francesa de
Letras- Georges Duhamel, pedindo uma fruta estragada; como se isso fosse, como
diz o título do poema, ter o mundo nas mãos.
No
poema: Ode ,no cinqüentenário do
poeta brasileiro ,O belo elogio do poema é a palavra drummondiana a Manuel
Bandeira, nascido em 1886 e que, em 1936, completava 50 anos de vida. Drummond
pede que "seu canto confidencial (a poesia de Bandeira, que semprefoi
tímido e doente/tuberculoso) ecoe acima dos vinúteis disfarces do homem"!
E para concluir esta rápida e superficial visão do livro Sentimento do mundo, encerrarei com as palavras do autor do último poema, Noturno à janela do apartamento:
" A vida na escuridão absoluta, como
líquido, circunda."
sábado, 3 de março de 2012
LISTA DE LIVROS FUVEST 2017
Iracema – José de Alencar;
Sagarana - João Guimarães Rosa;
·Memórias póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis;
·O cortiço – Aluísio Azevedo;
·A cidade e as serras – Eça de Queirós;
·Vidas secas – Graciliano Ramos;
·Capitães da areia – Jorge Amado;
Claro Enigma – Carlos Drummond de Andrade.
Mayombe - Pepetela
Todo ano é a mesma ladainha. A lista da Fuvest. Todos os alunos de terceiro ano ou de cursinhos, além de se preocupar com as mudanças de regras ortogáficas na Língua Portuguesa, ainda têm de assimilar o conteúso de D E Z livros.
Que para a FUVEST 2017 SERÃO:
Claro que o aluno que desenvolveu o hábito da leitura ao longo dos anos ou que frequentou uma escola consciente que utilizou esses livros ao longo de três anos, estará em vantagem. Pronto, desesperados, os outros ou leem rapidamente ou buscam resumos na internet. Claro que os resumos estão cada vez melhores, mas nada como uma leitura pausada e refletida para se analisar melhor se D.Casmurro foi mesmo traído por Capitu. Mais uma vez, o tempo atropela as pessoas e o seu desenvolvimento. A prova é amanhã, tem exercícios dissertativos e de alternativas...não há tempo para ler.
Os professores esmeram-se nas dicas, nas possibilidades de adivinhação do que poderão perguntar, tenta responder a perguntas que nem foram feitas.
Os alunos decoram nomes de locais e personagens e enredos e desfechos e autores e gêneros literários....Ufa!!
Passou. O aluno passou!
Nunca mas lerá um romance na vida...
Profª e Psicanalista Marlene Fulgeri
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